domingo, 18 de dezembro de 2011

PRIVATARIA TUCANA – AS CONSEQUENCIAS

Por Fábio de Oliveira Ribeiro 18/12/2011 às 14:15
Privataria tucana está atingindo massa crítica sem ajuda da mídia tradicional.
A imprensa tucana (Folha, Estadão, Globo e Veja) tenta desesperadamente proteger Serra ou esconder seus mal-feitos. Mas nada disto está impedindo o crescimento das vendas do livro ou evitará suas consequencias.
Mais de 30 mil cópias do livro já foram vendidas e os pedidos não param de crescer. Nem mesmos as redes de livrarias que eventualmente colaboraram com a campanha tucana poderão deixar de encomendar milhares de unidades da obra de Amaury Ribeiro Jr. Afinal, o lucro que elas dariam às suas concorrentes as impediria de seguir ocupando o espaço que ocupam. Esta é uma curiosa contradição do capitalismo, quando o empresário se vê entre ter lucro a curto prazo e preservar os compromissos de longo prazo ele sempre optará pelos lucros imediatos.
O Ministério Público Federal já prepara uma ação contra Serra e Preciado. No momento em que for citado Serra vira réu em processo criminal e sua ficha limpa ficará inevitavelmente suja. A Folha publicou uma falsa ficha criminal de Dilma na última eleição. Na próxima uma ficha criminal verdadeira de Serra poderá ser exibida em qualquer jornal ou programa de TV. Preciado, o primo por casamento de Serra, também será acionado pelo MPF. Caso ele faça um acordo de “delação premiada” a carreira de Serra acaba na política e se iniciará ainda mais rapidamente num Penitenciária Federal.
FHC está em silêncio. De todos os implicados ele é o que tem menos razões para se preocupar. O Danton brasileiro sabe que vai morrer antes do fim de qualquer processo criminal. Além disto, há bastante tempo FHC tem certeza de que sua carreira política pessoal acabou. No limite, o escandalo da Privataria Tucana pode até lhe render alguns preciosos minutos na frente das câmeras de TV, minutos que serão considerados preciosos (ao menos para alimentar sua vaidade pessoal) pois desde que apeou do poder ele literalmente desapareceu da mídia.
Dando mostras claras de partidarismo (a imprensa tucana, ou seja, Folha, Estadão, Globo e Veja, esconde o escandalo da privataria e requentam as denúncias furadas contra Ministros de Dilma e o governador do DF) a mídia se distancia cada vez mais da população. Em breve atingirá um tal ponto de descolamento da realidade que nenhum Deputado ou Senador terá mais medo de enfrentar os Barões da Mídia. A nova regulação da imprensa pode vir a ser um resultado positivo do livro publicado pela Geração Editorial.
Cópias e mais cópias para downloud do livro de Amaury Ribeiro Jr. são replicadas na internet  http://luizcastaldibecker.wordpress.com/2011/12/16/a-privataria-tucana-de-amaury-ribeiro-jr/ . E quanto mais o livro é baixado de graça mais o debate cresce e mais cópias do livro são compradas. A Editora já admite que este pode se tornar seu título mais vendido desde sempre.
A imprensa não controla mais o mercado editorial, nem a opinião pública. Por mais que se recuse a discutir e a divulgar o livro A PRIVATARIA TUCANA o mesmo segue sendo lido, discutido e brandido contra os pilantras do PSDB e de seus acólitos na mídia. O tempo das Reformas de Base chegou e a esquerda não pode ficar parada ou deixar de aproveitar a oportunidade. Mãos a obra.
Texto obtido no site: www.correiodobrasil.com.br

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O DESPUDOR SECTÁRIO DE VEJA.

Em A Hora da Estrela, Clarice Lispector nos mostra toda simplicidade e ingenuidade de uma nordestina interiorana solta na selva de pedra do Rio de Janeiro à mercê de todo tipo de crueldade humana. Macabéa, a personagem, nem sabe ao certo se é triste ou feliz. Sem parâmetros para sequer saber distinguir o que é bom e o que é ruim seus momentos de felicidade estão em poder ficar sozinha no quarto que divide com outras mulheres, tomar coca-cola com pão ou beber um café, um luxo que ela paga tendo azia logo em seguida.

Que a revista Veja, a Folha de São Paulo, a Globo e grande parte de nossa mídia é cruel e sectária a maioria de nós sabe bem. Na cabeça dessas pessoas não pensar como eles significa ser ignorante, imbecil, enfim, uma ralé intelectual que deveria ser varrida do país. Por mais que os números mostrem e comprovem que nosso país não é eleitoralmente dividido em classes, essas pessoas continuam a espalhar estereótipos e alimentar ódios e separatismos dentro da nossa sociedade. Prestam, assim, um imenso desfavor ao nosso país.

Em meio às manifestações sobre a recente publicação do jornalista Amaury Ribeiro Jr, deparei-me, quase que por acaso, com esse vídeo que coloco abaixo. Clarice Lispector poderia ter tirado sua Macabéa deste teatro de horrores patrocinado pela Revista Veja. Não obstante todos aqueles que se julgam superiores, espertos, inteligentes e descolados e que massacram a personagem sem que ela se dê conta do que está sendo feito com ela, podem ser encarnados pelo jornalista de VEJA.

Há muito tempo não vejo nada tão cruel e tão definitivo sobre o que, de fato, move nossa elite e que sentimentos essas pessoas fermentam dentro de si. Este vídeo pode ser interpretado de algumas formas e algumas verdades saem dele, as mais flagrantes, ao meu ver, são duas: 1- Todos que não fundamentam suas idéias sócio-políticas e culturais nas mesmas bases dessas pessoas são por elas consideradas pobres Macabéas. 2- Realmente a palavra "escrúpulo" deveria ser removida dos dicionários que habitam a Editora Abril.

No vídeo, assim como no livro, temos basicamente dois personagens: Macabéa ou Neli Santos Ferreira e o jornalista que no livro pode ser representado por qualquer um dos personagens que massacram a mulher sem que a mesma perceba a violência que está sofrendo. Vejam abaixo esse circo de horrores.
 A pergunta que o leitor de Clarice Lispector se faz o tempo ao ler a referida obra não poderia vir mais a calhar: quem, de fato, é o imbecil, o idiota, o manipulado e o pobre coitado do vídeo?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

ENFIM UM POUCO DE LUZ É LANÇADA SOBRE OS ANOS DE TREVA DA ERA FHC

Que a eleição presidencial do ano passado foi uma das mais sujas da história do país todo mundo já sabe. Ver o PSDB alinhadíssimo com suas bases falso-moralistas e seus discursos misóginos e sectários também não foi novidade. O que me deixou realmente irritado foi a tentativa de se jogar para cima da Dilma um dossier preparado contra o então candidato do PSDB. Desde aquele período eu já sabia, por fontes aqui de Belo Horizonte, que isso era coisa interna, queda de braço entre Çerra e Aécio Never na disputa pelas prévias tucanas. O dossier era fruto de investigações feitas por um jornalista que trabalhava dentro do jornal Estado de Minas, como todos sabem, um apêndice do governo do estado.  Saber disso e ver a palhaçada veiculada na mídia foi um tanto nauseante. Creio que nunca me envolvi tanto numa disputa presidencial e com certeza isso serviu para me mostrar o quanto caminhamos a passos lentos quando o assunto é informação (ou a falta desta).

Fato é que o tal jornalista concluiu sim uma bomba a respeito das privatizações vergonhosas da era FHC, presidente que, como diz o Delfim Neto, conseguiu a façanha de vender o patrimônio do país e se endividar. Isso realmente é só para quem sabe fazer. O livro bomba, cuja primeira edição se esgotou em menos de 48 horas promete lançar uma luz sobre a idade das trevas que foram os anos FHC, anos em que NADA era investigado no país, nem denunciado pela imprensa que seguia segura,  feliz e contente com garantia de que seu monopólio familiar continuaria intocado. Foi preciso esperar muito tempo para que o assunto pelo menos voltasse à baila e para que se possa, enfim, entender o maior saque já feito ao patrimônio público brasileiro. Teremos direito a tudo: Daniel Dantas, Paraísos Fiscais, o Serra, a Filha do Serra, o cunhado do Serra, a irmã do Dantas, ex-ministros e funcionários do governo FHC lavando, esquentando e esfriando dinheiro obtido com as privatizações para alimentar os cofres eleitorais tucanos.  Se existe uma diferença entre os anos FHC e os de hoje é que hoje se apura, hoje se investiga, hoje o ministério público e as procuradorias não são mais amordaçadas como foram nos anos FHC. Enfim faz-se um pouco de luz. Segue um pequeno texto sobre o livro e sobre o autor, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. 


O autor do livro “A Privataria Tucana” (Geração Editorial), o jornalista Amaury Ribeiro Jr., afirmou que está “preparado para a guerra”, caso o ex-governador de São Paulo José Serra ou outros políticos do PSDB o processarem por causa dos documentos e denúncias divulgadas na obra. “Cada um, antes de me processar, deve pensar bem porque tenho reserva de troca e vão levar chumbo também. Sabia que poderia ser processado e estou preparado para isso. Usei apenas documentos públicos e tenho provas de que escrevi apenas a verdade”, garante Amaury, em entrevista ao Yahoo! Brasil. “Pode vir quente que eu estou fervendo”, completa.

Segundo o jornalista, ele tem material para fazer outros livros de denúncia, mas não quis adiantar os temas. “Tenho material para mais quatro ou cinco livros nesse mesmo mote. Não tenho medo desse povo”.

Sobre a possibilidade beneficiar Aécio Neves como candidato do PSDB às eleições de 2014, Amaury disse que não escreveu o livro para agradar ou desagradar ninguém. “Vi o Aécio Neves apenas uma vez e não o cumprimentei. Não tenho a intenção de nada, cheguei até a desagradar meus amigos. Na minha lógica, ninguém ia ler esse livro”, minimizou.

Amaury se diz surpreso com o sucesso de vendas. “É um sucesso que ninguém esperava, uma coisa estrondosa. Já vendemos 15 mil cópias e temos pedido para mais 70 mil exemplares. Não tivemos o apoio dos grandes veículos, mas tenho as redes sociais ao meu lado”, comenta.

Sobre o livro
A obra relata irregularidades durante o processo de privatizações de empresas públicas durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. O personagem central dessa história é o ex-governador de São Paulo José Serra, então ministro do Planejamento de FHC. O sucesso da publicação é tamanho que o e-book já está disponível na web e o assunto ganhou a hastag#PrivatariaTucana no microblog Twitter. 

A obra, de 343 páginas, apresenta documentos de lavagem de dinheiro e pagamento de propina, recolhidos em fontes públicas, como arquivos da CPI do Banestado.